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No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, Quipea destaca protagonismo feminino na Bacia de Campos
No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho com intuito de refletir sobre racismo e equidade de gênero, mulheres quilombolas reafirmam o protagonismo na gestão dos territórios que habitam. A Comissão Articuladora do Quipea - Quilombos no Projeto de Educação Ambiental, que fez a gestão do projeto até o final da sua Fase 4, foi composta por 21 representantes, das quais 20 eram mulheres quilombolas, um exemplo dessa presença.
Condicionante ambiental dos empreendimentos da Shell na Bacia de Campos, e conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Quipea atua em 21 comunidades quilombolas, distribuídas em oito municípios do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. O foco das atividades está em fortalecer a identidade e ancestralidade quilombolas, além de incentivar a participação dos comunitários em espaços de decisão sobre a gestão política dos territórios tradicionais.
Representado, em sua maioria, por mulheres, as temáticas de gênero são trabalhadas de forma transversal no projeto, o que reforça o cuidado com a escuta e a valorização da presença feminina.
As ações são pensadas levando em conta a realidade das mulheres, como o apoio oferecido às mães, permitindo que elas participem das atividades com mais tranquilidade. O projeto também oferece suporte para que os representantes comunitários estejam presentes em espaços públicos de gestão, o que atinge de forma contundente as mulheres negras.
A presidente da comunidade quilombola de Sobara, localizada em Araruama, no Rio de Janeiro, Rosiele Vasconcelos, evidencia a importância da construção de um espaço marcado, sobretudo, pela representatividade, tanto na composição da equipe quanto na participação da comunidade.
Outro caso é a escolha das mulheres empreendedoras da comunidade de Maria Joaquina, Cabo Frio/RJ, para a produção das bolsas-brindes para eventos culturais. A comunidade tem forte atuação na confecção de moda quilombola como bolsas, roupas, cerâmicas, produzidas exclusivamente por mulheres negras, o que gerou impacto econômico positivo na comunidade.
Conclusão da fase 4 do Quipea
O Quipea encerrou em junho de 2025 a fase 4 do projeto. Após três anos de execução, este ciclo de ações teve como objetivo principal a avaliação do projeto e o desenvolvimento de conhecimento, habilidades e atitudes necessárias ao reforço de autonomia e sustentabilidade dos territórios quilombolas, contribuindo com a mitigação dos impactos das atividades da indústria do petróleo.
Agora, o projeto segue uma etapa de transição para o Plano Macrorregional de Gestão de Impactos Sinérgicos das Atividades Marítimas (Plano Macro).? A iniciativa do Ibama busca integrar os procedimentos relacionados à identificação, georreferenciamento, monitoramento, avaliação, comunicação e mitigação de impactos socioambientais nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo.
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