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Quipea celebra Consciência Negra com ações em comunidades quilombolas


26/12/24 - Atividades culturais e rodas de diálogo destacaram a ancestralidade e o protagonismo das comunidades no Rio de Janeiro e Espírito Santo

Reflexões sobre a Consciência Negra movimentaram comunidades quilombolas em novembro, com apoio do Projeto Quilombos no Projeto de Educação Ambiental (Quipea). Entre rodas de conversa, danças, cantorias e o melhor da culinária local, 20 comunidades celebraram suas tradições e reforçaram a importância da luta antirracista em eventos realizados entre os dias 16 e 30 de novembro no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Cultura, resistência e diálogos para o futuro

No Norte Fluminense, as comunidades de Aleluia, Batatal e Cambucá, em Campos dos Goytacazes (RJ), organizaram uma caminhada educacional pelo quilombo de Aleluia. A iniciativa destacou a importância da agricultura familiar livre de agrotóxicos, tema também explorado em rodas de conversa e oficinas.

Em Quissamã (RJ), as comunidades do Quilombo de Machadinha promoveram debates sobre os direitos quilombolas e a ocupação de espaços de decisão pelas mulheres. O evento contou ainda com o lançamento do e-book "Educação Escolar Quilombola – Perspectivas Antirracistas e Práticas Emancipatórias", e apresentações culturais como a roda do Grupo de Jongo Tambores de Machadinha, seguidas de uma feijoada tradicional.

Em São Francisco de Itabapoana (RJ), as comunidades de Barrinha e Deserto Feliz destacaram a exaltação do orgulho quilombola e da ancestralidade. Em Barrinha, uma roda de jongo celebrou as raízes culturais, enquanto em Deserto Feliz, houve homenagem ao mestre jongueiro “Seu” Cicinho, reforçando o papel dos mais velhos na preservação dos saberes tradicionais.

Expressão cultural e valorização local

No município de Cabo Frio (RJ), a comunidade de Maria Joaquina realizou uma roda de conversa intergeracional sobre empreendedorismo e demandas territoriais, com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho e da ONG Justiça Global. O encerramento foi marcado por uma apresentação cultural e almoço comunitário.

Na comunidade de Botafogo, uma mesa-redonda destacou a importância das práticas quilombolas, como a agricultura local e a educação contextualizada na história comunitária. O evento celebrou a beleza negra com um desfile temático. Já em Maria Romana, uma palestra abordou o impacto do racismo cotidiano e foi seguida por uma roda de conversa com o grupo Rainhas do Quilombo, que encerrou as atividades.

Em Armação dos Búzios (RJ), as comunidades de Baía Formosa e Rasa também brilharam nas celebrações. Em Rasa, a capoeira do Mestre Keke e o jongo das mulheres trouxeram vida às reflexões sobre o racismo estrutural e a resistência cultural. Em Baía Formosa, a integração comunitária foi o foco, com palestras sobre igualdade de gênero e os impactos do racismo, além de um café quilombola que uniu os participantes.

 

 

Reflexões e celebrações no Espírito Santo

As comunidades de Cacimbinha e Boa Esperança, em Presidente Kennedy (ES), promoveram rodas de jongo e capoeira, além de uma palestra sobre educação antirracista. Em Itapemirim (ES), a comunidade de Graúna homenageou 50 griôs, valorizando os saberes ancestrais, como o uso de ervas medicinais e práticas de plantio.

Números que refletem integração

As celebrações mobilizaram 14 das 15 associações quilombolas do Quipea, com a participação de cerca de 350 pessoas, incluindo representantes do poder público e da sociedade civil. A programação incluiu palestras, rodas de conversa, apresentações culturais e atividades voltadas ao fortalecimento da identidade quilombola.

Sobre o Quipea

O Quipea é uma condicionante ambiental conduzida pelo Ibama para as operações da Shell Brasil na Bacia de Campos. Participam do projeto 21 comunidades quilombolas, distribuídas em oito municípios do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Com início em 2022, a Fase 4 do Quipea busca reforçar a identidade quilombola, fortalecer suas práticas culturais e incentivar a participação em espaços de decisão sobre a gestão de seus territórios.

Com ações que unem reflexão e celebração, o Quipea reafirma o papel das comunidades quilombolas na valorização da ancestralidade e na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

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