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PMCS inicia nova fase e fortalece instrumentos de informação e diálogo entre comunidade, meio ambiente e empresas
A partir deste mês, o Programa Macrorregional de Comunicação Social (PMCS), que é condicionante de licença de 10 operadoras, exigida pelo Ibama, inicia uma nova etapa, com foco na ampliação das ações de comunicação sobre as atividades marítimas de produção e escoamento de petróleo e gás nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo.
A equipe técnica da Fundação Instituto de Administração (FIA) será a responsável por implementar e coordenar a nova fase do PMCS.
O programa contará com uma série de instrumentos de comunicação, destinados a garantir à sociedade o acesso a informações qualificadas sobre as atividades, seus impactos e as medidas de mitigação, com destaque para o Plano Macrorregional de Impactos Sinérgicos das Atividades Marítimas de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural (Plano Macro).
Isso reforça o papel do PMCS na comunicação integrada entre as operadoras que atuam na região. Essa é uma iniciativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para agrupar as estratégias de comunicação das empresas e garantir a publicização dos resultados do licenciamento de petróleo e gás para os diferentes públicos.
Novo Informa Petróleo: comunicação para todos os públicos, de forma clara e integrada
Desde 2023, como um dos primeiros produtos da ação integrada das empresas, o Portal Informa Petróleo tem personificado o esforço de comunicação sobre a exploração, produção e escoamento de petróleo e gás natural nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, promovendo o acesso à informação e o diálogo entre empresas, comunidades, órgãos públicos e sociedade civil.
O PMCS é coordenado de forma compartilhada pelo Subcomitê do Programa Macrorregional de Comunicação Social, um grupo de trabalho responsável por tomar decisões sobre os instrumentos que integram o programa. Participam da iniciativa as empresas: Petrobras, BRAVA Energia, BW Energy, Equinor, Karoon Energy, Perenco, PRIO, Shell, Trident Energy e TotalEnergies.
Luciana Gotardi, uma das representantes da Petrobras no Subcomitê do PMCS, relata como foi o processo de construção dessas estratégias de comunicação: “Elas foram desenvolvidas ao longo das reuniões com o subcomitê. A partir das discussões e reflexões sobre questões prioritárias, incluindo a identificação de necessidades, começamos realmente a traçar os caminhos para comunicação do programa”, explica.
Sobre os critérios adotados para a definição dos novos produtos de comunicação, Luciana destaca que o processo foi construído de forma conjunta, levando em conta as realidades e experiências das operadoras.
Para reforçar as atividades previstas, o portal passará por uma reformulação completa. O site contará com uma nova identidade visual, navegação otimizada e conteúdo multimídia acessível para diferentes perfis de público.
Evolução e desafios do programa
A Coordenadora Executiva Suplente do Comitê de Coordenação Interinstitucional do Plano Macro (CCI), Simone Mutran, faz uma breve análise da trajetória do projeto, destacando os três anos de atuação do portal: “O site é resultado do avanço dessa gestão compartilhada entre as 10 operadoras para implementar o Plano Macrorregional” ressalta ela. Atualmente, o portal Informa Petróleo encontra-se em fase de testes, com acompanhamento do Ibama e das operadoras que integram o subcomitê.
Sobre os novos desafios do PMCS, Simone destaca: “a plataforma mira ampliar a difusão de conhecimentos e fomentar debates sobre licenciamento ambiental na cadeia produtiva de petróleo e gás”.
Marcelle Oliveira, coordenadora de Meio Ambiente da Brava Energia e vice- coordenadora do Subcomitê, ressalta a importância do grupo para fortalecer a integração com outros programas vinculados ao licenciamento ambiental: "Por meio do subcomitê é possível a troca de experiências e ideias entre as empresas, contribuindo na busca pela excelência e otimização das ações de comunicação e implementação dos projetos ambientais condicionantes de licença".
O PMCS também passa a contar com 20 novos profissionais, dedicados ao fortalecimento das estratégias de comunicação e ao desenvolvimento de novos instrumentos voltados à transparência e ao engajamento multissetorial, como boletins, redes sociais, produções audiovisuais e assessoria de imprensa.
Nova fase do PMCS reforça transparência e conecta diferentes públicos
Associado ao eixo de publicidade do Plano Macro, planejado e fiscalizado pelo Ibama, o PMCS amplia as possibilidades de comunicação entre as empresas do setor de exploração e produção de petróleo e gás e a comunidade, em especial com os grupos mais afetados pelos impactos dessas atividades. Com uma série de produtos inovadores, o programa busca garantir que diferentes públicos recebam informações sobre o setor, com linguagem e estratégias específicas para amplificar o diálogo.
Segundo o atual Coordenador do Subcomitê do PMCS, Martonni Alves Bomfim Santos, o portal deve ter um caráter colaborativo, promovendo o diálogo com as comunidades e fortalecendo o compromisso com a responsabilidade social. Ele cita como exemplo o site Comunica Espírito Santo, e explica: "Lá, adotamos um fluxo de publicação de três a quatro notícias por semana", comenta ele.
O PMCS e o Plano Macro
O PMCS é apenas uma das frentes do Plano Macro. Há outros programas macrorregionais executados que têm como base os eixos de:
- Caracterização: Mapeia e descreve as áreas afetadas pelas atividades de petróleo e gás, identificando aspectos ambientais, sociais e econômicos. Esse eixo coleta dados essenciais sobre o território, como biodiversidade, usos tradicionais e comunidades impactadas.
- Avaliação: Analisa os impactos identificados na fase de caracterização. Busca entender a intensidade, a abrangência e os efeitos cumulativos ou sinérgicos das atividades sobre o meio ambiente e as populações locais.
- Publicidade: Foca na comunicação e transparência. Garante que as informações geradas pelos programas sejam divulgadas de forma clara, acessível e democrática, promovendo o diálogo com a sociedade e o engajamento de diferentes públicos.
- Intervenção: Reúne ações concretas para reduzir, compensar ou mitigar os impactos ambientais e sociais identificados. Esse eixo transforma diagnóstico e avaliação em respostas práticas e articuladas com os territórios.